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O que os humanos desejam, acima de tudo?
Essa resposta varia de pessoa para pessoa. Muitos buscam pertencimento, outros anseiam por conexão, e há quem diga que a vida só vale a pena se tiver significado. Mas acredito que nossos desejos vão além de qualquer uma dessas coisas.
E se o que realmente quisermos for nos sentir vivos?
Na maioria das vezes, somos convidados a viver uma vida obediente e prescrita, moldada pela sociedade, cultura e/ou família. Nos esforçamos para superar expectativas, pressões e demandas na tentativa de sobreviver. Mas é justamente isso que acontece: acabamos apenas sobrevivendo, em vez de viver plenamente. Temos sangue bombeando nossas veias e ar preenchendo nossos pulmões, e ainda assim nos sentimos indiferentes, vazios e mortos por dentro.
A Busca pelo Sentimento de Estar Vivo
E se reconhecêssemos a desconexão e o entorpecimento que inevitavelmente se instalam e ameaçam nossa própria existência, e começássemos a entender algumas das nossas escolhas e comportamentos extremos como uma forma de retaliação?
Como psicóloga, observo com compaixão as pessoas repetirem ciclos de relacionamentos ruins, entregarem-se ao álcool e às drogas, negligenciarem seus corpos ou fazerem compras impulsivas que não podem pagar. Ou sintomas que poderiam ser caracterizados como uma crise de meia-idade: um carro caro, uma mudança repentina de carreira, um relacionamento com uma pessoa bem mais jovem, um divórcio repentino. Há coisas que não entendemos realmente, até vivenciarmos. Não compreendia completamente alguns comportamentos até que eu mesma experimentei certos vazios.
Compreendendo as Nossas Ações
E se essas ações não forem meramente sintomas de tédio ou “estupidez”, mas sim representarem nossa luta pela sobrevivência?
Pense nisso. Talvez, no fundo, tudo o que queremos seja nos sentir vivos. Mas como podemos alcançar essa sensação de vivacidade sem recorrer a comportamentos destrutivos ou impulsivos? Precisamos encontrar maneiras saudáveis de nos conectar com nossa essência, com aquilo que realmente nos faz sentir plenos e realizados.
Explorando Alternativas Saudáveis
Para encontrar alternativas saudáveis que nos façam sentir vivos, podemos começar explorando atividades que nos desafiam e nos tiram da zona de conforto de forma positiva. Aprender uma nova habilidade, como tocar um instrumento musical ou praticar um esporte, pode nos trazer um sentimento de realização e excitação. Além disso, a prática de atividades ao ar livre, como caminhadas na natureza, pode nos conectar com o mundo ao nosso redor e proporcionar momentos de introspecção.
A Importância das Conexões Humanas
Outro aspecto fundamental para nos sentirmos vivos é a qualidade das nossas relações. Criar e manter conexões autênticas com as pessoas ao nosso redor nos ajuda a sentir que pertencemos e que somos importantes. No entanto, é essencial que essas conexões sejam baseadas em respeito mútuo e compreensão, permitindo que sejamos nós mesmos sem medo de julgamento. Participar de grupos de apoio, como comunidades de interesse comum, pode ser uma excelente maneira de construir essas conexões significativas.
Enfrentando o Vazio Interior
Por vezes, a sensação de vazio vem de uma desconexão interna, de não estarmos alinhados com nossos valores e propósitos. Por isso, é importante reservar um tempo para refletir sobre o que realmente importa para nós. Perguntas como “Quais são os meus valores essenciais?” ou “O que me traz verdadeira felicidade?” podem ser úteis para iniciar essa jornada de autodescoberta.
Práticas de Mindfulness e Autocuidado
Praticar mindfulness, ou atenção plena, pode ser uma ferramenta poderosa para nos ajudar a conectar com o momento presente e a reduzir o sentimento de vazio. Meditar regularmente pode nos permitir observar nossos pensamentos e sentimentos sem julgá-los, criando um espaço interno onde podemos nos sentir mais em paz. Além disso, dedicar tempo para o autocuidado, seja através de exercícios físicos, uma alimentação saudável ou momentos de relaxamento, contribui para nosso bem-estar geral.
Superando o Medo de Viver Plenamente
Às vezes, o que nos impede de nos sentir vivos é o medo. Medo de falhar, de ser julgado ou de não sermos bons o suficiente. Contudo, ao reconhecermos que o medo faz parte da experiência humana, podemos escolher não deixar que ele nos paralise. Enfrentar nossos medos, mesmo que de forma gradual, nos ajuda a crescer e a descobrir nosso verdadeiro potencial.
O Poder da Vulnerabilidade
Abraçar a vulnerabilidade também pode ser transformador. Permitir-se ser vulnerável é um ato de coragem que nos abre para novas experiências e conexões mais profundas. Quando aceitamos nossas imperfeições e mostramos quem realmente somos, inspiramos outros a fazerem o mesmo, criando um ambiente de aceitação e crescimento mútuo.
O Que Queremos Mais do Que Tudo?
No final das contas, talvez o que queremos mais do que tudo seja encontrar um equilíbrio entre viver plenamente e encontrar paz interior. Isso envolve aceitar a nossa humanidade, com todas as suas contradições e complexidades, e aprender a amar a nós mesmos como somos. Ao fazermos isso, podemos encontrar significado e propósito na nossa jornada.
Jornadas de Autodescoberta e Crescimento
Cada um de nós está em uma jornada única de autodescoberta e crescimento. À medida que buscamos viver de forma autêntica e significativa, aprendemos a abraçar nossos desejos mais profundos e a nos conectar com o que realmente importa. Seja qual for a resposta para a pergunta “O que queremos mais do que tudo?”, que possamos continuar explorando e descobrindo as maravilhas da vida. Afinal, viver é uma dádiva preciosa, e cabe a nós aproveitar cada momento ao máximo.